Você já olhou seu contracheque e se perguntou: “Por que esse valor do INSS está tão alto?” Ou pior: “Será que estão me descontando mais do que deveriam?” Pois é… Essa dúvida está na cabeça de milhões de brasileiros — e a verdade sobre isso pode te surpreender.
A maioria das pessoas acredita que o desconto do INSS é simples, automático e “padrão”. Mas o que quase ninguém sabe é que existem detalhes e faixas específicas que mudam o valor descontado, dependendo de quanto você ganha, onde trabalha e até como seu contrato está registrado.
Neste artigo, você vai descobrir como o desconto do INSS realmente funciona, quais são os erros mais comuns, e o que você pode fazer para entender, revisar ou até pagar menos, dentro da lei. E sim, tem gente que está pagando mais do que deveria — sem nem saber.
Por que o INSS é descontado do seu salário?
O desconto do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) é obrigatório para quem trabalha com carteira assinada (CLT). Ele serve para garantir seus direitos previdenciários: aposentadoria, auxílio-doença, pensão por morte, salário-maternidade e outros benefícios.
Ou seja, é um desconto que, em teoria, te protege no futuro. Mas o problema começa quando esse valor não é explicado de forma clara no holerite, ou quando o trabalhador não sabe em qual faixa se enquadra.

Como o desconto do INSS é calculado?
Muita gente acredita que o desconto é um valor fixo, mas a verdade é que ele funciona em faixas salariais progressivas. Desde 2024, os valores são mais ou menos assim (valores atualizados podem variar):
Faixa de Salário (mensal) | Alíquota INSS (em %) |
---|---|
Até R$ 1.412,00 | 7,5% |
De R$ 1.412,01 até R$ 2.666,68 | 9% |
De R$ 2.666,69 até R$ 4.000,03 | 12% |
De R$ 4.000,04 até R$ 7.786,02 | 14% |
Mas atenção: essa porcentagem não é aplicada sobre todo o salário, e sim em partes. É uma tabela progressiva. Assim como o Imposto de Renda, cada faixa de valor é tributada com a alíquota correspondente.
Exemplo prático:
Se você ganha R$ 3.000,00, uma parte do seu salário será tributada com 7,5%, outra com 9% e outra com 12%. Ou seja, não é 12% sobre o total!
O que ninguém te conta (mas você precisa saber)
Agora vem a parte que ninguém te explica direito:
- Nem sempre o desconto está correto. Há casos em que empresas erram o cálculo ou usam bases incorretas, especialmente quando há horas extras, adicionais ou descontos anteriores.
- Você pode conferir e contestar. Muita gente acha que o valor descontado é “lei” e imutável. Mas você pode — e deve — pedir à empresa os cálculos detalhados, ou consultar um contador.
- Autônomos também pagam, e às vezes demais. Quem contribui por conta própria pode acabar escolhendo uma alíquota errada e pagando a mais — sem retorno proporcional.
O que você pode fazer para não ser prejudicado?
Aqui vão 5 dicas simples que você pode aplicar ainda hoje:
- Olhe seu contracheque com atenção. Veja se o desconto de INSS bate com sua faixa salarial e confira se há outros valores somando ou subtraindo do total.
- Use simuladores online do INSS. O próprio site do governo oferece ferramentas para calcular a contribuição correta.
- Converse com o RH da empresa. Se algo estiver estranho, não hesite em pedir explicações.
- Guarde todos os seus contracheques. Eles serão essenciais para comprovar tempo e valor de contribuição no futuro.
- Contribuinte individual ou MEI? Fique atento às alíquotas atualizadas e ao código de contribuição usado no pagamento da guia.

Posso pagar menos no INSS?
Legalmente, não é possível escolher pagar menos se você trabalha com carteira assinada. Mas o que você pode fazer é garantir que está pagando apenas o necessário, sem erros ou cobranças indevidas.
Se for contribuinte individual (autônomo), pode simular diferentes faixas e entender qual valor é mais vantajoso com base no tipo de aposentadoria que deseja no futuro.
Conclusão
O desconto do INSS não é nenhum “bicho de sete cabeças” — mas está longe de ser simples. A verdade é que quem entende como ele funciona consegue evitar erros, planejar melhor a aposentadoria e até se proteger de cobranças indevidas.
Agora que você sabe disso, que tal compartilhar esse conteúdo com alguém que também merece saber a verdade sobre o INSS?
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